segunda-feira, 5 de julho de 2010

Prazeres e orgullho de ser carioca!

"Eu sei por onde passo, sei tudo que faço

Paixão não me aniquila
Mas tenho que dizer:
Modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila!"
(Noel Rosa)


Certas horas um simples passeio faz descobrir prazeres e reafirmar orgulho. Hoje, pouco antes de anoitecer, resolvi sair para uma caminhada (na tentativa de deixar meu lado sedentário de lado). Tênis no pé, camiseta de algodão no corpo, celular carregado de músicas... preparadíssima!
O som agradável aos ouvidos, torna tudo muito mais simples. Quando me deparo com uma criança, que me encara e sorridente me entrega uma pequena flor que arrancara de um canteirinho onde brincava. [primeiro prazer]
Continuo caminhando, chego a Vila Isabel... Terra de Martinho, de Noel e de tantos outros poetas e bambas menos ilustres, mas não menos talentosos por isso. Já anoitecera e, apesar de ser uma segunda, bares abertos, pessoas saindo do trabalho para bater um papo, e música ao vivo rolando. Como eu pensava que podia ser diferente em um terreno onde se respira música? [segundo prazer]
Prossigo. Minha meta era uma volta no Maracanã. Quando ao passar pela estátua do boêmio Noel, encontro com Iglo (ou seja la como se escreve). Ele, alemão de nascença, andarilho do mundo por opção, me pergunta o caminho para chegar até o metrô. Digo para me acompanhar, o deixaria na rampa de acesso a estação do maracanã. No caminho muito papo. Iglo diz que foi tirar umas fotos das ruas pintadas para a copa e elogia muito entusiasmado a criatividade do pessoal. E me diz que de tantas cidades por onde já andou, o Rio é o lugar onde ele mais tem prazer em voltar. Curiosa, pegunto o porquê. E ele na maior simplicidade do mundo me diz: Vocês tem TUDO em uma única cidade. Praia, floresta, sítios urbanos, um apanhado de cultura e um povo hospitaleiro, raro de se encontrar. [terceiro prazer. Um ORGULHO]
Chegamos a rampa, me despeço de Iglo. E vou a minha corrida (ou tentativa de... rs) . Depois de uma volta, começo o caminho de volta pra casa. Mais música nas idéias, até chegar na pracinha que fica em frente a minha casa. Paro, observo, me alongo e recordo dos pequenos(grandes) prazeres que tive na última hora. Um sorriso vem ao rosto, um orgulho vem ao peito. Já é minha hora de subir.